Conheça o projeto de engenharia viária da futura avenida Almirante Jaceguay, que interligará os bairros Santo Antônio, Costa e Silva e Vila Nova.
A abertura da via faz parte do Programa BNDES III de melhoria do sistema viário para o transporte coletivo em parceria entre Prefeitura de Joinville e Governo do Estado.
Clicando nesse link abaixo:
Traçado Almirante Jaceguay
A estrutura viária de Joinville pode ser explicada pela intensa abertura de vias que remonta ao período de fundação e desenvolvimento da colônia. A necessidade de acesso aos lotes deu-se à medida que estes iam sendo comercializados e está associada às características físicas e naturais locais - elevações, restingas e manguezais - acabando por configurar um sistema extremamente espontâneo, sem critérios urbanísticos acadêmicos. Isto fica evidenciado pelas vias de acesso à cidade e às áreas pioneiras de ocupação que determinaram o desenvolvimento da malha urbano, predominantemente na direção Norte-Sul, configuradas pelas ligações entre Curitiba e Florianópolis. Mas, outros eixos de orientação Oeste-Leste surgiram a partir das ligações entre a Serra e os portos de Joinville e de São Francisco do Sul.
Complementar a estes uma malha sem critérios urbanísticos foi implementada ao longo do tempo, preenchendo as áreas planas entre os eixos principais e, posteriormente, nas áreas periféricas, linearmente acompanhando os próprios eixos.
Tais fatos e seu desenvolvimento ao longo do tempo têm reflexos no funcionamento do conjunto urbano, quer do ponto de vista da operacionalidade, quer da estrutura viária em si. Os problemas daí resultantes relacionam-se com as atividades do cotidiano da cidade e começaram a adquirir maior importância no quadro de suas deficiências, como por exemplo:
- Características físicas indiferenciadas, sem identidade visual que demonstre a hierarquia das vias:
1. Instabilidade do funcionamento da estrutura, causada por período de pico bastante definido, de acordo com o horário de funcionamento da indústria, comércio e serviços
2. Nivelamento, geometria viária, pavimentação, sinalização, estacionamento e deslocamentos significativos de carga pesada no meio urbano devido a localização industrial dispersa
- Ligações viárias com descontinuidades físicas notáveis, caracterizando a seguinte situação:
1. Impedimento da integração físico/social e do deslocamento viário de caráter mais estrutural, principalmente no que se refere ao transporte coletivo urbano
2. Necessidade de complementaridade da trama local com melhor articulação interna que incentive o parcelamento, a ocupação mais ordenada e a integração social
3. Má articulação do sistema com a estrutura, causada, principalmente, por diretrizes viárias da forma localizada, em áreas já parceladas ou sujeitas ao parcelamento
4. Vias com desenvolvimento linear com mais de 400 metros ininterruptos
3. Má articulação do sistema com a estrutura, causada, principalmente, por diretrizes viárias da forma localizada, em áreas já parceladas ou sujeitas ao parcelamento
4. Vias com desenvolvimento linear com mais de 400 metros ininterruptos
5. Quarteirões loteados e arrumados em ângulos menores que 60º com as vias consideradas estruturais
6. Perímetro urbano extenso, permitindo a urbanização desenfreada e pouco criteriosa, gerando ainda viagens muito longas
6. Perímetro urbano extenso, permitindo a urbanização desenfreada e pouco criteriosa, gerando ainda viagens muito longas
A grande maioria das ruas funciona como vias de penetração de bairro e tem como referência o Eixo Norte-Sul. Algumas se prolongam tanto que acabam constituindo-se em "estradas intermunicipais", intercalando as funções de via principal, como é o caso das ruas Dona Francisca, Santos Dumont, São Paulo e Santa Catarina. Em outros casos há vias que, pelas características do uso do solo lindeiro, configuram eixos secundários como as ruas Iririú, Monsenhor Gercino, XV de Novembro, Albano Schmidt, João Costa e Tenente Antônio João, que detém alto poder de polarização em relação ao uso do solo.
A partir da área central da cidade, toda estrutura viária se define de forma radial, distribuindo o trânsito para as demais vias. Tal conjunto de vias registra um movimento intenso de veículos e/ou pessoas, além da concentração de equipamentos, comércio e serviços, representando evidente sintoma de saturação de estrangulamento, principalmente no centro tradicional em relação ao transporte individual, coletivo e de carga, bem como relativo às áreas para estacionamento e circulação de pedestres associados a ausência de espaços públicos amplos.
O sistema viário do município passou a ser efetivamente planejado a partir da elaboração do Plano Viário, instituído pela Lei 1262/73.
Nesse momento foi estabelecida uma série de eixos viários estruturadores para a cidade, que foram classificados como Eixos Principais e Eixos Secundários.
Entre os Eixos Principais podemos citar a rua João
Colin e as avenidas Marquês de Olinda, Santos Dumont, Beira Rio e Beira Mangue (Eixo Ecológico Leste).
Os Eixos Secundários complementam os Eixos Principais e foram projetados com uma capacidade de tráfego inferior, sendo que entre eles podemos exemplificar com as ruas Rui Barbosa, Benjamim Constant e Boehmerwaldt.
Devido ao grande volume de desapropriação e o alto custo para implantação dos projetos regulamentados pelo Plano Viário de 1973, até hoje poucos foram efetivamente implantados, porém permanecem como alternativas propostas para estruturação do Sistema Viário do Município.
A partir do ano de 1995, com a elaboração do Programa de Modernização do Sistema de Transportes Urbano de Joinville, e com recursos financiados junto ao BNDES, alguns eixos constantes no Plano Viário do Município foram implantados. Entre os quais estão a 1ª etapa das avenidas Marquês de Olinda, Paulo Schroeder e Hermann August Lepper (Beira Rio) e o Binário do Iririú.
Atualmente, a Fundação IPPUJ, em conjunto com a CONURB, Secretaria de Infraestrutura Urbana e demais órgãos envolvidos nas questões referentes ao Planejamento e Operação do Sistema Viário do Município, têm desenvolvido diversos projetos e ações no sentido de melhorar a segurança e a fluidez no trânsito de Joinville. Muitos merecem destaque:
- A implantação de Binários de tráfego
- A implantação e operação da CTA - Central de Controle de Tráfego por área
- Continuidade do Programa Aluno Guia nas Escolas
- O tratamento das interseções viárias com maior ocorrência de acidentes
- A manutenção e a implantação da sinalização nas vias existentes e novas vias implantadas
- A implantação de equipamentos de sinalização eletrônica de velocidade e avanço de sinal
- A fiscalização do trânsito com a Guarda Municipal
- A implantação de equipamentos de sinalização eletrônica de velocidade e avanço de sinal
- A fiscalização do trânsito com a Guarda Municipal
Assim, mesmo considerando o grande crescimento da frota de veículos que circulam na cidade, as diversas obras e ações implementadas pelo município tem possibilitado uma redução proporcional do número de acidentes verificados nos últimos anos. Além disso, tem provocado uma melhoria da qualidade de vida da população.
fonte:http://www.ippuj.sc.gov.br/conteudo.php?paginaCodigo=14
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